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Huayna Potosí+Sajama: Dia 2

Atualizado: 30 de jul. de 2018

    Segundo dia foi de exercícios no glaciar, para aclimatar e relembrar algumas técnicas de escalada e deslocamento em gelo! Como de costume levantamos pelas 7h, tomamos café e saímos para a caminhada.     Fomos até o glaciar à esquerda da rota de subida ao acampamento alto, chegando a aproximadamente 5.100 msnm (metros sobre o nível do mar). Lá fizemos alguns exercícios de caminhada, com diferentes passadas de ascensão e descida, explorando as diversas possibilidades de deslocamento que podem ser exigidas em uma empreitada na montanha. Depois focamos um pouco mais em escalada técnica, com apoio de piquetas mais técnicas, para deslocamento vertical com utilização dos 4 membros.


Amanhecer no refúgio baixo do Huayna Potosí

    Pela metade da tarde chegou o grupo que estava no Condoriri na semana anterior, e que tinha ficado o dia anterior em La Paz descansando. Agora estávamos com time completo para subida do Huayna Potosí. Ao final do dia retornamos todos juntos ao refúgio.     À noite tivemos um momento diferente. Era 1 de agosto, primeiro dia do mês da Pachamama, deusa mãe terra para os indígenas bolivianos, consequentemente dia muito importante para eles. Como repetem todos os agostos, fizeram uma cerimônia de oferendas, à qual fomos convidados a participar. Após fazer uma fogueira (com certa dificuldade devido ao vento), foi colocado nesta um cesto de oferendas, contendo representações de tudo aquilo que, na crença, é ofertado e permitido pela Pachamama que as pessoas tenham acesso, desde bens materiais, até saúde e bons relacionamento familiares e amigo. Particularmente achei muito interessante, e esta imersão cultural para mim é um dos momentos mais importantes das expedições.


Bifurcação para o refúgio alto

    Ao final fomos convidados a contribuir com a fogueira, derramando combustível, junto com um pedido. Pela primeira vez Oswaldo (nosso guia chefe) tocou no assunto Everest, sobre o qual ainda não havíamos conversado, sugerindo que pedisse sucesso no projeto. Preferi mudar um pouco o pedido, mas indo no mesmo caminho.


Escalada técnica

"Essa noite dormi um pouco mal, acordei muitas vezes, e cada vez demorava a adormecer novamente.     As 7h levantamos, tomamos café e fizemos uma caminhada até o glaciar, onde fizemos algumas pra´ticas de técnica de deslocamento e ascensão em gelo. Foi ótimo, pude ver que minha técnica está apurada, além da confiança dos guias em mim.     Pelas 15h chegou ao glaciar o restante do grupo que irá conosco ao Huayna Potosí, e pelas 16:30h estávamos de volta ao refúgio. Chegando ao refúgio começou a me dar bastante sono em função das últimas duas noites mal dormidas, mas decidi que não dormiria antes das 21h, para consegui dormir melhor à noite.


Cerimônia em homenagem á Pacha Mamma

    Logo que chegamos fizemos um lanche, e perto das 18h acompanhamos uma cerimônia dos bolivianos em homenagem à Pachamama, por ser 1 de agosto, mês da mesma. Foi muito interessante ver o respeito que eles tem por essa 'entidade' e, apesar de simples, como valorizam a cerimônia.     Fomos convidados a fazer um 'depósito' de combustível ao fogo de devoção, junto com um pedido. Essa experiência cultural dessas viagens para mim é, quem sabe, a parte mais legal.     Oswaldo sugeriu que 'pedisse' sorte no cume do Everest. Isso não vem muito ao caso, mas depois ele falou comigo várias vezes sobre o projeto, sempre mostrando muita confiança, diria que até certa alegria em estar tentando, o que me deixa muito confiante, e feliz!     Mais tarde jantamos e fiquei conversando e jogando cartas com alguns colegas, matando tempo.     Agora já foram todos deitar, vim escrever e tomar mais um chá, mas em seguida também me recolherei. São 21:08h." Refúgio Base Huayna Potosí, Cordilheira Real/Bolívia, 1 de agosto de 2017


Finalizando, chamas já apagando

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