Bolívia 2015: Dia 7
Atualizado: 30 de jul. de 2018
1º Ataque ao Cume
Após o ataque aos cumes do Tarija e do Pequeño Alpamayo, ponto alto e marco de encerramento do Curso de Escalada em Gelo, retornamos exaustos, e extasiados, um misto de sentimentos um tanto interessante. Com isso justifico o que perceberão mais adiante, passei 3 dias sem escrever. A experiência de se propor a algo raramente imaginado e concretizá-lo é gratificante, tanto que cheguei a me emocionar um pouco quando chegamos ao cume do Tarija. A continuação, o ataque ao Pequeño Alpamayo, inicialmente foi assustadora, o lance final assusta com sua imponência, mas também chegamos lá. Tivemos muita sorte, com tempo bom, pudemos permanecer no cume um bom tempo, tempo este dedicado à contemplação, imagens que não tirarei da cabeça tão cedo.
Segue o primeiro relato após o cume: "O ataque ao cume foi sensacional. Um desafio e tanto, psicológica e fisicamente, nosso corpo não descansa, levando ao stress mental. Mas chegar lá em cima e se sentir/ver acima e em um lugar onde poucas pessoas chegaram é indescritível. No sábado pela manhã (11/julho) retornamos à La Paz. A dor de garganta havia piorado muito, sendo assim foi preciso ir ao médico. Remediado, hoje já me sinto muito melhor. Apesar de hoje termos retornado à montanha, dessa vez ao Huayna Potosí, o retorno a La Paz deu uma sensação de 'missão cumprida', e se tivesse que já voltar ao Brasil estaria muito satisfeito. É estranho retomar o contato com as pessoas e interromper de novo. Apesar de ser muito legal, pelas fotos compartilhadas, perceber o quanto as pessoas se impressionam e admiram essa empreitada. Retornar ao acampamento base (dessa vez refúgio na verdade) traz de volta o espírito de aventura e já começo a retomar a vontade de 'entrar' na montanha. Espero que a caminhada amanhã seja o último gás que falta. São 21:30h, indo dormir." Refúgio Baixo do Huayna Potosí, 13 de julho de 2015











